Estudo busca solução para o avanço do mar
A prefeitura de São João da Barra viabilizou, junto ao Departamento de Engenharia Oceânica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um estudo aprofundado sobre o avanço do mar na praia de Atafona. O objetivo é encontrar uma solução para o fenômeno iniciado há mais de trinta anos e que foi responsável pela destruição de cinco quarteirões e mais de 400 imóveis na região próxima à foz do Rio Paraíba do Sul. A prefeita Carla Machado, que designou as secretarias municipais de Planejamento, Meio Ambiente e o Departamento de Defesa Civil para que entrassem em entendimento com órgãos e autoridades especializados. O primeiro passo, de acordo com o secretário municipal de Planejamento, Victor Aquino, foi buscar alternativas junto ao Ministério da Integração Nacional.“Constatamos que existem, no Ministério da Integração Nacional, verbas para desastres naturais, que é o que acontece em Atafona. Precisamos agora apresentar um projeto para tentarmos conseguir essa verba, que será destinada a obras na tentativa de conter o avanço do mar”, explica.O secretário ressaltou que existem divergências em relação a possíveis soluções para o avanço e que a idéia é encontrar um consenso para que algo seja feito em um menor prazo tempo possível.“Uma das alternativas seria, segundo alguns especialistas, a construção de um enrocamento de pedra, também conhecido como quebra-mar, na foz do Rio Paraíba. Existe quem defenda, também, a construção de vários enrocamentos em pontos diferentes do mar, seguindo o exemplo de Olinda em Pernambuco”, ressalta.Victor acrescenta que governos passaram e nunca se sensibilizaram com essa questão. “A prefeita Carla Machado que conhece de perto o fenômeno de transgressão do mar, já que mora na praia de Atafona, vem buscando estudos científicos meios para minimizar o impacto”, finaliza.
(fonte jornal O Diário - edição 18/11/08)