O avanço do mar, resultado de erosões ao longo do tempo, pode determinar o remanejamento do terminal pesqueiro da Praia campista Farol de São Thomé, que hoje conta com 150 barcos. O coordenador do Departamento Cartográfico da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), professor Gilberto Pessanha, explica que o avanço do mar continua afetando a área norte da praia, atingindo a infra-estrutura urbana. Apesar de menor proporção, a Praia de Farol de São Thomé vem vivendo períodos de constante erosão. Com 150 barcos, o terminal pesqueiro deve ser remanejado dentro de alguns anos se o fenômeno continuar. O presidente da Colônia de Pesca de Farol, Rodolfo José Ribeiro da Silva explicou que a cada ano o mar avança de três a cinco metros e isso está afetando a praia. "Em alto-mar a pesca não está sofrendo alterações, mas a praia está diminuindo. A tendência é que, futuramente, os barcos que são atracados no terminal sejam remanejados para outra área", diz o coordenador! O fenômeno, observado de 2006, tem se intensificado nos últimos meses. Com ventos mais fortes do que o usual e com o trem de ondas direcionado diretamente para a praia, a erosão torna-se acelerada. "As mares influenciam nesse processo, uma vez que no Norte Fluminense ocorrem meso-marés com amplitudes que contribuem para o mar alcançar inclusive a infra-estrutura urbana. Com o complexo industrial do Açu todo esse cenário costeiro se modificará, pois ocorrerá desequilíbrio no balanço de sendimentos na plataforma continental adjacente ao litoral, além de alterações significativas na biodiversidade marinha" - explica o professor da Universidade Estadual.
(redação do jornal Monitor Campista 11/11/08)
(redação do jornal Monitor Campista 11/11/08)
