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Cesar Cielo


Cielo faz o 11º tempo nos 100m livre, mas consegue a última vaga na final
Recordista mundial da prova chega em quarto lugar em sua série e, beneficiado pela regra do Pan-Pacífico, consegue um lugar entre os finalistas.


Ser dono apenas da décima melhor marca da temporada era muito pouco para Cesar Cielo. O recordista mundial dos 100m livre (46s91) queria mais. Desde julho, no Meeting de Athens, tentava nadar abaixo dos 48s63, seu melhor tempo desde que os trajes tecnológicos foram proibidos pela Federação Internacional. Mas não conseguiu alcançar o objetivo novamente. Nesta quinta-feira, o brasileiro chegou a estar em segundo lugar até os 75m, só que acabou perdendo posições na série e conseguindo apenas o 11º tempo nas eliminatórias do Pan-Pacífico de Irvine, nos Estados Unidos(49s13). No entanto, beneficiado pela regra do torneio, que permite apenas dois atletas por país na final, e assegurou a oitava e última vaga. O SporTV transmite as finais a partir das 22h (de Brasília).

E Cielo sofreu muito até ter a certeza de que iria voltar para disputar uma medalha. A angústia começou assim que tocou a borda e viu o tempo no placar eletrônico. Levou as mãos ao rosto, como se não pudesse acreditar no que estava vendo. Deixou a piscina abalado e foi direto para a área de concentração da delegação brasileira, onde encontrou um computador e não cansou de atualizar a página oficial de resultados. Quando percebeu que com os cortes seu nome figuraria entre os oito finalistas, deu um berro e comemorou como se tivesse vencido uma prova. Depois disso, reclamou de dores muito fortes na perna direita e seu técnico pediu que fosse colocado gelo no local. Recuperado do susto, Cielo foi para a piscina soltar. Ao contrário de quarta-feira, ele nadou com a touca preta e não com a dourada, com a qual venceu os 50m borboleta.

A oitava e última série dos 100m livre reuniu três dos quatro nadadores que estiveram no pódio nas Olimpíadas de Pequim: o australiano Eamon Sullivan, prata nos Jogos, Cesão e o americano Jason Lezak, que dividiram o bronze. Na ocasião, a medalha de ouro ficou com o francês Alain Bernard. E na disputa entre eles em Irvine, Cielo chegou em quarto lugar. Lezak conseguiu o segundo melhor tempo das eliminatórias (48s47) e Sullivan o quinto (48s92). O mais rápido foi o americano Nathan Adrian, que estabeleceu o novo recorde do campeonato (48s41).

Cesar estava relaxado demais essa manhã. Os australianos e americanos estavam disputando as vagas por país, e ele não tinha essa preocupação. Hoje, ele estava em um dia ruim. Não estava bem nem fisicamente e nem psicologicamente. Agora, tem que colocar a cabeça no lugar, vai ter que se ligar de novo se quiser ganhar - disse Brett Hawke, técnico do brasileiro.

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Bruno Prudêncio

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