Hoje a MPB invade a festa na XXXIII Exposição
Agropecuária de Macaé, na voz de Caetano Veloso, um dos nomes mais expressivos
da música brasileira, que vai apresentar os sucessos da carreira e agradar o
público presente além dos fãs. O show acontece Parque de Exposições Latiff
Mussi. O evento, que este ano abrigará a Feira Institucional de Indústria e
Comércio (FIIC) e a Feira Promocional (Fepro), tem entrada franca e muitas
atrações. As atrações musicais se apresentam sempre às 23h
A estrela de hoje será Caetano Veloso (nascido Caetano
Emanuel Viana Teles Veloso em Santo Amaro da Purificação, 7 de agosto de 1942)
é um músico, produtor, arranjador e escritor brasileiro. Com uma carreira que
já ultrapassa quatro décadas, Caetano construiu uma obra musical marcada pela
releitura e renovação, considerada de
grande valor intelectual e poético.
Embora desde cedo já tivesse aprendido a tocar violão em Salvador,
escrito entre os anos de 1960 e 1962 críticas de cinema para o Diário de
Notícias, conhecido o trabalho dos cantores de rádios e dos músicos de bossa
nova—notavelmente João Gilberto, sua maior influência e com quem dividiria o
palco anos mais tarde—Veloso iniciou seu trabalho profissionalmente em 1965 com
o compacto "Cavaleiro/Samba em Paz", enquanto acompanhava a irmã mais
nova Maria Bethânia por suas apresentações nacionais do espetáculo
"Opinião", no Rio de Janeiro. Nessa década conhece Gilberto Gil, Gal
Costa e Tom Zé, participa dos festivais de música popular da Rede Record e
compõe trilhas de filmes. Em 1967 sai seu primeiro LP, Domingo, com Gal Costa,
e no ano seguinte lidera o movimento chamado Tropicalismo, que renovou o
cenário musical brasileiro e os modos de se apresentar e criar música no
Brasil, através do disco Tropicália ou Panis et Circensis ao lado de vários
músicos. Em 1968, face à ditadura militar, compõe o hino "É Proibido
Proibir", que é desclassificada e amplamente vaiada durante o III Festival
Internacional da Canção.
Iniciou a carreira interpretando canções de bossa nova, sob
influência de João Gilberto, um dos ícones e fundadores do movimento bossa nova.
Colaborou com os primórdios de um estilo musical que ficou conhecido como MPB
(música popular brasileira), deslocando o melodia pop na direção de um ativismo
político e de conscientização social. O nome ficou então associado ao movimento
hippie do final dos anos 1960 e às canções do movimento da Tropicália.
Trabalhou como crítico cinematográfico no jornal Diário de Notícias, dirigido
pelo diretor e conterrâneo Glauber Rocha. A obra adquiriu um contorno
pesadamente engajado e intelectualista e o artista firmava-se sendo respeitado
e ouvido pela mídia e pela crítica especializada.
Participou na juventude de espetáculos semi-amadores ao lado
de Tom Zé, da irmã Maria Bethânia e do parceiro Gilberto Gil, integrando o
elenco de Nós por exemplo, Mora na filosofia e Nova bossa velha, velha bossa
nova em 1964. O primeiro trabalho musical foi uma trilha sonora para a peça
teatral Boca de ouro, do escritor Nelson Rodrigues, do qual Bethânia participou
em 1963, e também escreveu a trilha da peça A exceção e a regra, do dramaturgo alemão
Bertolt Brecht, dirigido por Álvaro Guimarães, na mesma época em que ingressou
na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia.
Início da carreira musical
Foi lançado no cenário musical nacional pela irmã, a já
reconhecida cantora Maria Bethânia, que gravou uma canção da autoria no
primeiro disco, Sol negro, um dueto com Gal Costa, as cantoras que mais
gravaram músicas da autoria. Em 1965, lançou o primeiro compacto, com as
canções Cavaleiro e Samba em Paz, ambas de sua autoria, pela RCA, que
posteriormente transformou-se em BMG (adquirida depois pela Sony Music),
participando também do musical Arena canta Bahia (ao lado de Gal, Gil, Bethânia
e Tom Zé), dirigido por Augusto Boal e apresentado no TBC (São Paulo). Teve
músicas inclusas na trilha do curta-metragem Viramundo, dirigido por Geraldo
Sarno.
O primeiro LP gravado, em parceria com Gal Costa, foi Domingo
(1967), produzido por Dori Caymmi, foi lançado pela gravadora Philips, que
posteriormente transformou-se em Polygram (atualmente Universal Music), que
lançaria quase todos os discos. Domingo contou com uma sonoridade totalmente
bossa-novista, e a ele pertence o primeiro êxito popular da carreira, a canção Coração
vagabundo. Mesmo não tendo sido um estrondoso sucesso, garantiu um bom
reconhecimento à dupla e foi muito aclamado pelo meio musical da época, como Elis
Regina, Wanda Sá, o próprio Dori Caymmi e Edu Lobo, marcando a estreia de ambos
nessa gravadora, a convite do então diretor artístico João Araújo. A canção Um
dia, no repertório deste, recebeu o prêmio de melhor letra no II Festival de
Música Popular Brasileira da TV Record